quarta-feira, fevereiro 08, 2006

(Des)encontrado... (II)





Este foi um dos livros que mais me marcou. Li-o num momento importante da minha vida, no qual me questionava até que ponto não perdemos a nossa identidade quando nos envolvemos emocionalmente e afectivamente com alguém.
Nessa altura olhei à minha volta e verifiquei o quanto algumas pessoas se haviam modificado.
Fiquei triste, a sua identidade estava perdida algures no seu interior...

Sinopse

"Chantal e Jean-Marc vivem juntos em Paris, e amam-se tanto que por vezes parecem confundir-se. Há situações em que, por um instante, nenhum dos dois se reconhece, em que a identidade do outro se dissolve e em que, por tabela, cada um duvida da sua própria identidade. Todo aquele que ama, todo aquele que faz parte de um casal, já alguma vez experimentou essa sensação, porque o que mais teme no mundo quem ama é "perder de vista" o ser amado. Pouco a pouco, é isso que acontece a Chantal e Jean-Marc. Mas em que instante, diante de que gesto, em que circunstância precisa começa esse processo aterrador? É nesse momento de pânico que Kundera agarra o leitor, obrigado a mergulhar no labirinto que o próprio casal percorre e a cruzar, como ele, a fronteira entre o real e o irreal, entre o que ocorre no mundo exterior e o que, solitariamente, elabora uma mente dominada pela insegurança. Como seguindo o fio de um início projecto de largo alcance, que parece iniciar-se com A Imortalidade, Kundera volta a abordar um tema essencial da nossa época, fazendo-o inesperadamente, desta vez, sob a forma de um romance de amor."

Espero um conselho relativamente a um livro que também tenha tido impacto positivo ou negativo...

3 comentários:

Inês disse...

Li a Identidade e a Ignorância e adorei. Tentei ler a Insustentável Leveza do Ser, mas não estava na momento certo da minha vida para o ler. Consequentemente, não me deixei envolver com profundidade naquele mundo.
Obrigada pelo teu conselho ;)ficará na minha lista de futuras leituras.

Inês disse...

Obrigado Jorge! Já o conhecia esse título pelas tuas inúmeras referências. Quando tiver oportunidade peço-to emprestado.
Beijos

Ana disse...

Um estranho amor, de Elena Ferrante; Sábado, de Ian McEwan; Shutter Island, de Dennis Lehane... todos diferentes e no entanto partilhas. Há mais, como o Equador, de Miguel SOusa Tavares, que na verdade é fantástico. Se queria ver África, agora quero ainda mais. Há muitos mais.... a aventura de entrar numlivro e esquecermo-nos de nós.... delicioso!