quarta-feira, outubro 18, 2006

Noite em Outubro




Numa noite em Outubro, com as primeiras chuvas, permanecemos em casa, saboreámos o que o nosso paladar aprovou, abrimos um vinho Alentejano, ligámos o “nosso” som e deixámo-nos ir, para onde quer que fosse, sem limites. Lá fora ouvíamos a trovoada, o que nos libertou de certa forma, para locais longínquos do nosso espaço, algures no tempo, dentro dum mesmo pensamento.

A chuva, curiosamente, fez-me lembrar um dia de Verão que eu resolvi parar o carro e puxei-te para dentro do jardim, seriam talvez umas 4 da manhã, quem sabe… Ele esperava-nos no carro e nós fugíamos dos jactos de água. Ele espera tudo… Tu gritavas de euforia ou, quem sabe, do teu estado embriagado, e eu puxava-te. Por fim, ficámos molhadas e sem folgo.. Será que haverão mais dias como aquele?

Numa noite em Outubro, meu amor, espero-te ansiosamente, os meus lábios roxos do tinto encontram os teus e por fim, após uma longa espera, adormecemos ao som da trovoada e à luz das polaróides.

segunda-feira, outubro 16, 2006

An Inconvenient Truth


As pequenas acções que podem salvam o nosso planeta em http://www.climatecrisis.net/takeaction/

sexta-feira, outubro 13, 2006

Viajar




"Viajar é como estar sentado diante de um quadro que actua sobre a pessoa como um pano de fundo, a enquadra e dá uma direcção à sua viagem. Também se poderia pensar (experienciar) como um estado em que espaço e tempo se diluem um no outro. Sente-se a viagem como uma paralisação, uma constante, um caos, que surge com uma determinada precisão que não é, contudo, percepcionada como verdadeira devido à passividade do viajante. Este regista e recolhe o que experiencia. O efeito interior dos seus conceitos éticos determina aquilo que ele procura na viagem."

Luc Tuymans, Caderno de apontamentos 3, 1978

terça-feira, outubro 10, 2006


"Mas a grande pergunta a fazer é, evidentemente:
Quando amamos alguém, ou melhor, nos apaixonamos por alguém, porque é que nos apaixonamos verdadeiramente?
É uma ideia da pessoa amada, ou é a pessoa propriamente?
Talvez só sejamos acapzes de viver com as nossas ideias. Talvez sejam sempre as nossas ideias que amamos."

in A Morte de Um Apicultor de Lars Gustafsson