terça-feira, novembro 28, 2006

Lonely Carousel


"And all the time
The world unwinds
I can't deny the way i feel
The truth is lost beyond this lonely carousel
And all these words
They mean nothing at all
Just a cruel remedy
A strange tragedy
Of what will be"

quinta-feira, novembro 23, 2006

Temporalidade


Tenho saudades tuas. Liguei-te há meses mas não fizeste caso, o telefone tocou e não atendeste. Esperei ansiosamente por notícias tuas, mas foi em vão. Esqueceste-me de mim ou, talvez, eu nunca tenha pertencido aos teus pensamentos.
Estranha forma de vivermos, nós os humanos, ao pensarmos que tudo nos pertence quando afinal de contas tudo é efémero e temporário.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Nostalgia



do Gr. nostós, regresso + álgos, dor

s. f.,
melancolia, abatimento profundo de tristeza, causado pelas saudades do lar ou da pátria.

Não pelo abatimento profundo de tristeza mas pela antecipação da falta daqueles que me vão deixar saudades.

É assim o meu estado de espírito nos numerosos jantares que ultimamente se têm realizado no meu aconchego...

domingo, novembro 12, 2006

Índia



Viajar, descobrir novos mundos é a minha terapia e é onde costumo encontrar o meu equilíbrio interno.

Li pouco sobre o destino da minha viagem. Desfolhei o livro “Planisfério Pessoal”, do Gonçalo Cadilhe que descreve que na Índia sentiu o verdadeiro choque cultural. Note-se que a Índia foi um dos últimos destinos da sua viagem, à volta ao mundo.

Resolvi, então, não ler mais sobre o assunto e na minha opinião, esta acção reflectiu muito da minha cobardia e receio do desconhecido. Tentei, também, partir sem expectativas sobre esse país que fica no outro lado do mundo.

Quando aterrámos em Bombain não consegui conter as minhas lágrimas. Era tarde, seriam umas duas da manhã, estava um calor abrasador e na viagem do aeroporto até ao hotel eu deparei-me com um cenário nunca visto, milhares de pessoas dormiam no chão da cidade.

Eu também sofri o choque cultural que o Cadilhe tão bem descreve. Esta experiência levou-me a questionar sobre a nossa existência enquanto seres que habitam o mesmo mundo mas que de forma tão diferente o partilham.

Confesso que tive momentos bastante difíceis durante a viagem, mas que valeram no seu todo como uma profunda aprendizagem do meu ser relativamente a uma diferente cultura, religião, de hábitos e valores tão diferentes. É sempre gratificante passar por este tipo de experiências, faz-nos questionar sobre quem somos e o que queremos, faz-nos querer viajar ainda mais vezes, mesmo que isso implique momentos tão ou mais difíceis.