quinta-feira, dezembro 15, 2005

anoitecer em Dezembro

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eu: viajaram na minha solidão alguns pensamentos. Recordei-os a seguir, esbocei um sorriso mas, os mesmos fugiram de mim. Não os consegui voltar a relembrar durante essa semana, durante o restante mês. Talvez fosse do frio que se fazia sentir naquele mês ou, então da incapacidade da minha memória ou…

tu: talvez, quem sabe, de uma estranha amnésia não identificada pelos actuais médicos. Falei com uma amiga que me sugeriu que eu tinha uma doença da Alma. Aquilo fez-me sentido… Porra tinha logo de ser na Alma. Haverá cura? Como é que uma alma pode adoecer? A mesma amiga explicou-me que quando afastas o teu dia-a-dia da tua essência deixas a Alma vulnerável, por isso a cura talvez passe por aproximar o teu dia-a-dia da tua essência…

(gostava que me contasses o resto)

eu: talvez fosse esse o melhor caminho ou, pelo menos o mais sensato… No entanto, com o passar do tempo os meus dias ficavam cada vez mais distantes de mim própria. Era como percorrer um longo percurso sem sequer conseguir que os meus pés tocassem na calçada e, assim, não conseguia sentir a dureza e rugosidade das pedras. Esta distância parecia-me ser irreversível e condicionante dos meus dias…

J: Obrigado pela partilha e pela amizade, um beijo