quarta-feira, outubro 18, 2006

Noite em Outubro




Numa noite em Outubro, com as primeiras chuvas, permanecemos em casa, saboreámos o que o nosso paladar aprovou, abrimos um vinho Alentejano, ligámos o “nosso” som e deixámo-nos ir, para onde quer que fosse, sem limites. Lá fora ouvíamos a trovoada, o que nos libertou de certa forma, para locais longínquos do nosso espaço, algures no tempo, dentro dum mesmo pensamento.

A chuva, curiosamente, fez-me lembrar um dia de Verão que eu resolvi parar o carro e puxei-te para dentro do jardim, seriam talvez umas 4 da manhã, quem sabe… Ele esperava-nos no carro e nós fugíamos dos jactos de água. Ele espera tudo… Tu gritavas de euforia ou, quem sabe, do teu estado embriagado, e eu puxava-te. Por fim, ficámos molhadas e sem folgo.. Será que haverão mais dias como aquele?

Numa noite em Outubro, meu amor, espero-te ansiosamente, os meus lábios roxos do tinto encontram os teus e por fim, após uma longa espera, adormecemos ao som da trovoada e à luz das polaróides.

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